Vem! Soturna
Calma e mansa,
Com teu beijo
Macio que quando
Sela seu encontro,
Detém-nos no mais
Profundo prazer!
Oh, como é bela
A morte!
Só com a morte
dama enigmática
Da noite, começamos
A compreender a vida
Breve devaneio de
Extrema pequenez.
Não há vida sem morte
Tampouco há morte
Sem vida.
Então vem!
Vem completar o ciclo
Infinito mais uma vez,
Vem nos tirar da breve
Agonia da vida e
Apresentar-nos aos universos!
Vem nos tornar tudo,
E também, o nada.
Mas enquanto não vens
Fico aqui, temendo
Dia após dia teu encontro
Sentindo a gélida noite
Angustiante no peito
Com uma vontade
Tola, de entender
Daqui debaixo,
Tamanha grandeza!
Vem!
E corta o elo que
Me liga a este lugar
Me liberta da
Pseudo-consciência
Do ‘’pensar’’
Tira-me da gaiola
E me lança à voar!
Vem!
Carlos Dias [10/10/13]
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